Astracã é a cidade russa, 1979 o ano recordado. Um ano e meio e uma viagem que abarca muitos quilómetros percorridos, de Moscovo ao Mar Cáspio, até ao Azerbaijão. O início da jornada é a busca por um porto seguro. Os pais de Martim, de 15 anos na altura, são militantes do Partido Comunista e veem a União Soviética como ideal a aspirar. Aos 57 anos, Martim recorda a clandestinidade, os estudos e as paixões deixadas para trás e o ideal perdido no tempo.
A sessão é precedida pela exibição de O MAR ENROLA NA AREIA, curta-metragem da mesma realizadora com a duração de 15′: “O Homem do apito” era um personagem que vagueava as praias portuguesas durante o Estado Novo, e que vivia da caridade dos banhistas. De barbas brancas e fato preto ou branco atraía crianças com o seu apito ao pescoço e contava-lhes histórias. A partir de vários filmes de família construí um retrato ficcional deste personagem misterioso e através dele quis explorar o espaço sensorial da praia.